UX Research — ORBIS Turismo

Bruna Andrade
10 min readAug 2, 2021

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Pesquisas Qualitativas e Quantitativas sobre o Mercado de Turismo

Utilizando os métodos de UX Research para mapear as características do público a ser atingido pelo conceito do produto e suas necessidades.

Nossa pesquisa foi elaborada nas dúvidas apresentadas previamente sobre o estudo e formuladas com a maior imparcialidade possível, tentando afastar qualquer chance de viés e indução de respostas.

A pesquisa foi feita com 190 pessoas, inicialmente quantitativa.

Inicialmente para que pudéssemos saber mais sobre o nosso público, percebemos que seria necessário para o projeto, entender como funcionava o cenário antes da pandemia e após a pandemia, para os nossos convidados da pesquisa. Para que ela pudesse atender a segmentação de pessoas que viajaram ou não durante a pandemia, montamos um fluxograma para visualizarmos como seria a trilha de respostas.

O formulário foi dividido por ações, ou seja, o participante escolher o que fez ou não, e vai diretamente para uma pesquisa correspondente a apenas as suas ações. Foi dividido pelos segmentos:

  • Informações Gerais;
  • Sim, Viajei Durante a Pandemia;
  • Não Viajei Durante a Pandemia;
  • Preferências de Viagens;
  • Sobre Viagens Antes da Pandemia;
  • Sobre Viajar com Agência
  • Sobre Viajar com Agência Antes da Pandemia;
  • Sobre Viajar por Conta Própria;
  • Sobre Viajar por Conta Própria Antes da Pandemia;
  • Sobre Viajar no Cenário Atual.

Em seguida, dispomos as perguntas dentro da ordem do fluxograma e enviamos a pesquisa em público.

Pesquisas Quantitativas

Informações Gerais

Aqui coletando alguns dados pertinentes a características para conhecer o nosso público.

A faixa etária participante das pesquisas, compreende os grupos de 25 à 34 anos, com 34,2% dos participantes. A segunda fatia abordada, possui a idade de 35 à 44 anos de idade, mostrando nosso público alvo inicial a ser abordado.

A escolaridade identificada pelas pesquisas, foi de pessoas com Ensino Superior, chegando a marca de 45,8%, identificando que o perfil prospecto de usuário tem um forte poder de argumentação e decisão de compra.

A faixa salarial encontrada abrange 26,8% dos participantes que ganham entre 4 a 10 salários mínimos, demonstrando e corroborando com o gráfico acima, que o poder de compra pode estar interligado com a valorização aquisitiva que o consumidor exerce sobre seu poder aquisitivo de compra.

Pelo menos 42,1% viajaram na pandemia e 57,9% preferiram não sair nessa época de pandemia de suas localidades. A parcela que viajou durante a pandemia, foi escolhida para que pudéssemos iniciar a parte estratégica do projeto. O grupo hoje compreende que a parcela que não viajou durante a pandemia, poderia ter sido abordada de alguma outra forma, para que pudesse conhecer recursos de como viajar, mesmo nesse momento.

Sim, Viajei Durante a Pandemia

A partir dessa parte, a pesquisa segmenta pessoas que viajaram ou não na pandemia trazendo os seguintes resultados:

Para pessoas que viajaram na pandemia, 47,5% dos locais foram dentro do estado onde o participante da pesquisa, morava. Existe também a fatia de pessoas que decidiram por outros estados, e é possível perceber a preferência por destinos nacionais.

A motivação principal das viagens foram por lazer, totalizando a marca de 46,3%, deixando evidente que não necessariamente as viagens eram emergenciais, mas sim para fins de descontração ou até mesmo saída da rotina diária, algo que ganhou valor nos últimos tempos, muito por conta das várias restrições.

Em relação aos reagendamentos e cancelamentos, 15% cancelaram e não tiveram problemas. Outros 11,2%, reagendaram e não tiveram muitos problemas, mostrando que algumas empresas antes bem rígidas na questão de cancelamentos, estão mais flexíveis na pandemia. Outra questão são os 10% dos entrevistados que tiveram problemas com o serviço de cancelamento, expondo um engessamento burocrático desnecessário em uma época em que o fator de cancelamento é de uma escala macro e vai além do poder do consumidor ou do mercado mundial.

Não Viajei Durante a Pandemia

Aqui o segmento procura saber os motivos pelos quais as pessoas não viajaram na pandemia, pois poderia nos trazer importantes insights para a estrutura do projeto:

Para 50,9% das pessoas que não viajaram, o motivo para não terem viajado, seria o medo de contrair a Covid-19. A pesquisa também mostra que 22,7% não saíram de casa por conta da quarentena, ou do lockdown nas cidades, o que influenciou o mercado negativamente, porém de alguma forma, mas pessoas colocariam como possibilidade de viajar em segurança.

As pessoas que não viajaram nessa época, nos contaram sobre o ritmo de viagem antes da pandemia. Cerca de 79,1% relataram viajar de 1 a 3 viagens por ano.

Preferências de Viagens

Aqui procuramos entender como o participante gostava de viajar, suas preferências e até rotinas estabelecidas num processo de viagem, inicialmente sem visualizar temporalidade:

O total de pessoas que quando viajam, vão com suas famílias, geram o total de 46,3%.

Segundo os dados levantados, as viagens duram, em sua maioria, um fim de semana para 40% das pessoas, por conta dos afazeres e da rotina da semana, optando geralmente por lugares onde consiga levar a família com transportes terrestres.

Com 48,8% dos votos, a praia era o destino mais visado na hora de escolher para onde ir, visualizando um cenário geral na escala de preferência pessoal dos entrevistados.

Em relação às atividades preferidas das pessoas nos lugares escolhidos, as ao ar livre tinham a maior parcela, com 28,7%.

Esse parâmetro nos ajuda a entender, dentro de um cenário geral, se viajar era um hábito dos entrevistados.

Cerca de 88,8% dos participantes da pesquisa viajaram por conta própria em relação a sua última viagem, para que conhecêssemos o costume das pessoas ao escolher como viajar. O grupo não imaginava que a diferença dos números de pessoas que viajavam por agência para as que iam por conta própria, seria tão grande e acabou com as dúvidas do grupo quanto a vontade das pessoas tomarem suas decisões.

Sobre Viagens Antes da Pandemia

Esse segmento da pesquisa, visa entender como eram as viagens especificamente antes da pandemia para reconhecermos os impactos nos costumes dos viajantes:

Antes da pandemia, o desejo dos participantes corrobora com o desejo da pesquisa geral de estar em família.

Os 45,5% de pessoas que costumavam viajar no fim de semana.

As pessoas gostavam de estar antes da pandemia, nas praias.

Aqui os pontos turísticos eram os preferidos, antes da pandemia com 26,6%.

As pessoas se sentiam seguras para planejar tudo independentemente de empresas. O grupo crê que algumas perguntas a mais poderiam ter sido feitas, como formas de ir, transportes utilizados para se deslocar até o lugar de destino, por exemplo.

Sobre Viajar com Agência

Tanto o atendimento e respaldo para imprevistos, quanto a tranquilidade em relação à burocracia foram as mais votadas como vantagens de se viajar com agências de turismo, pois se sentem mais tranquilas se puderem recorrer mais rapidamente a alguém diante de um problema.

Vários aspectos foram apontados como pontos negativos em relação ao trabalho das agências de viagem para organização das viagens. Preços altos, roteiros engessados, foram contabilizados com 22,2% cada um. Houveram 11,1% dos participantes que tinham problemas de comunicação com a agência, seja para dúvidas ou para alterações no serviço.

Sobre Viajar com Agência Antes da Pandemia

Nos auxiliou a entender qual o contexto pregresso de se viajar com agências de viagem:

O respaldo era o mais votado, pois as empresas tinham uma estrutura de atendimento que auxiliava na necessidade de seus usuários naquele contexto.

Os preços altos atrapalhavam muito o consumidor a encontrar um lugar para viagem, foi citado com 35,7%. Os roteiros engessados aparecem com 14,3%, pois antes da pandemia existiam muitos lugares que podiam ser visitados e nem sempre estavam no roteiro. Cerca de 7,1% dos entrevistados reclamaram do atendimento e da dificuldade de se comunicar com a empresa.

Sobre Viajar por Conta Própria

Gostaríamos de ouvir dos entrevistados como era a rotina de planejar uma viagem e quais métodos de decisão eram usados:

Cerca de 40,8% relataram que preferem realizar viagens por conta própria, pois os preços acabam sendo mais acessíveis. Outra parte dos entrevistados comentam da facilidade de fazer seus horários para ir a lugares de sua preferência, sem se preocupar com a cronometração de cada passo dado, chegando aos 28,2%.

É relatado por 25,4% que o excesso de informações atrapalha as escolhas e, consequentemente, a seleção do que é mais acessível ao consumidor. Já 21,1% dos entrevistados dizem que é mais difícil montar logísticas para visitar locais, por conta da complexidade para detalhamento do roteiro, verificação de informações dos locais, tornando a tarefa burocrática demais. Os 8,5% entrevistados nessa pergunta, relatam insegurança em adicionar lugares que não conhecem, por medo de não saberem como eles funcionam.

Sobre Viajar por Conta Própria Antes da Pandemia

Nas entrevistas, perguntamos sobre como era a rotina anterior a pandemia, para planejar viagens:

Os menores preços acessíveis eram considerados importantes.

Acima mostra-se o gráfico de dificuldades, que permeiam em 29,2% o excesso de informações como dificultador na hora de encontrar boas opções. Os 17,7% sentem dificuldades para montar as logísticas e por fim, 8,3% possuem insegurança na montagem de roteiros.

Sobre Viajar no Cenário Atual

Em torno de 28,9% das pessoas entrevistadas, relataram que poderiam viajar caso percebessem que o local oferece toda a estrutura sanitária necessária para recebê-los em uma viagem. Os 15,8% dos entrevistados iriam para algum lugar que pudesse ser isolado e longe de aglomerações, o que o faria se sentir mais seguro.

Pesquisas Qualitativas

Primeiras Entrevistas

As pesquisas qualitativas iniciais foram feitas para que pudéssemos entender melhor os dados coletados nas pesquisas quantitativas. Algumas pessoas que deixaram seus contatos, foram procuradas e se disponibilizaram a uma entrevista para contar suas experiências.

A seguir alguns pontos citados pelos entrevistados, nas pesquisas:

As entrevistas foram importantes para validar nossas personas e no futuro seriam utilizadas de outras formas, pois tiramos muitos insights e funcionalidades para nosso protótipo de aplicativo que, assim, começou a ser idealizado e pensado.

Depois da realização dos rabiscoframes e o primeiro protótipo, em papel, prototipado no aplicativo de acesso Marvel, coletamos algumas impressões dos entrevistados.

Entrevistas do Teste de Baixa Fidelidade

Seguem aqui algumas coisas apontadas pelos entrevistados:

Logo após uma primeira reunião, discutimos sobre o que foi apontado e levantamos as melhorias necessárias para a próxima etapa para os testes de Média Fidelidade.

Entrevistas do Teste de Média Fidelidade

Seguem aqui algumas coisas apontadas pelos entrevistados:

Logo após uma reunião, discutimos sobre o que foi apontado e levantamos as melhorias necessárias para lapidar a parte visual necessária e a próxima etapa para os testes de Alta Fidelidade.

Entrevistas do Teste de Alta Fidelidade

Seguem aqui algumas coisas apontadas pelos entrevistados:

A partir das melhorias apontadas pelos entrevistados, fizemos os ajustes para refinar ainda mais o protótipo.

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